Roger Waters falou sobre diversos temas em entrevista recente, incluindo o Pink Floyd e alguns desejos de seus fãs.
Em conversa com a Rolling Stone, o músico falou sobre o lançamento do filme da turnê Us+Them, a sua relação com os antigos companheiros de banda, o presidente Donald Trump e os seus planos para 2020.
Apesar de amar o legado do Pink Floyd e ainda tocar algumas músicas em seus shows, é inegável que Roger Waters não se sente muito a vontade para falar sobre o passado. Sempre direto e, as vezes, áspero ao falar sobre o assunto, o músico foi questionado sobre a possibilidade de realizar turnês dedicadas aos álbuns da banda e, bom, a resposta foi bem sincera. “Por que eu ia querer fazer isso?”, questionou. “Eu estou compondo coisas novas toda hora. Eu vou fazer o que tenho feito desde sempre. Meu trabalho é pensar, ‘bem, como eu posso deixar o rock and roll mais interessante ou teatral ou animador ou visual ou musical ou sei lá? É isso que eu tenho feito nos últimos 50 anos, me expressando. E eu vou continuar fazendo isso”, comentou Waters.
O baixista da icônica banda falou também sobre a relação com seus antigos companheiros de banda. Segundo ele, a amizade que mantem com Nick Mason é ótima, afirmando que ambos se veem com frequência e “se adoram”. Já com David Gilmour, a relação passa longe disso. Waters revelou que os dois se encontraram em junho, mas as coisas não saíram como o planejado.
“Tivemos uma grande reunião onde eu levei um plano de paz, mas não deu em nada, infelizmente”, afirmou. Após o repórter lamentar, Roger completou: “Eu sei que você lamenta. Aposto que todos os fãs do Pink Floyd lamentam ouvir isso. Todo mundo esperou que pudéssemos nos beijar e fazer as pazes, e tudo seria maravilhoso em um mundo confortável e lindo. Bom, não seria tão confortável e lindo para mim, porque eu deixei o Pink Floyd em 1985 por um motivo. Esse motivo é que eu quero seguir em frente com meu trabalho”, completou.
Waters ainda revelou que Gilmour não permitiu que ele publicasse o material de divulgação do filme Us+Them no site oficial do Pink Floyd. “Eu gostaria que ele me deixasse anunciar este filme no site do Pink Floyd. Não é permitido. Ele censurou e não tenho permissão para anunciar nada”.
Waters falou também sobre Donald Trump e sobre as imagens criadas para a turnê que rodou o mundo e passou pelo Brasil em outubro do ano passado. “Eu não olhei muito para elas. Que bom que foram filmadas. Eu gosto do zoom no pinto pequeno dele. Eu acho que é importante ressaltar isso, porque ele é claramente infantil e é quase certeza que tem um pinto pequeno”, comentou. “Enfim, tanto fez, é bobo ficar desperdiçando saliva para falar do Trump. Ou não, dado o fato de que ele está conspirando para destruiu os Estados Unidos tijolo por tijolo”, afirmou.
Para o ano que vem, Roger promete ser ainda mais político em sua nova turnê, que irá rodar a América do Norte durante o período eleitoral nos EUA com “30 ou 40 apresentações”. Segundo o músico, a turnê deve receber o nome de This Is Not a Drill, mas isso será confirmado posteriormente.