Recentemente, o Spotify enviou um e-mail aos assinantes divulgando um aplicativo chamado Found Them First. Basicamente, a função dele é mostrar aqueles artistas que você ouviu antes deles atingirem o tão desejado sucesso. Ou seja, um aplicativo que pode ser capaz de reforçar a tão famosa “síndrome do underground” que ainda mora na cabeça de muitas pessoas.
Como não sou de ligar para isso, fui ver qual é a do aplicativo e, através dele, descobri que Hozier, Royal Blood e Shawn Mendes foram acionados por mim no Spotify antes de cada um deles se tornarem famosos. No entanto, o ponto mais importante do aplicativo é: Além de indicar quem você ouviu antes da maioria, ele ainda gera uma playlist baseada em seus gostos e te apresenta coisas novas que podem fazer sucesso em breve. Foi através dessa playlist que cheguei ao quarteto de Essex, em Londres, chamado The Bohicas.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=RGpPA116tsg[/youtube]
Formado por Dominic McGuinness (vocal e guitarra), Brendan Heaney (bateria), Dominic John (guitarra) e Adrian Acolatse (baixo), o The Bohicas lançou em agosto o seu disco de estreia, The Making Of, via Domino Records. Antes de mais nada, é preciso dizer que a banda não é inovadora e faz um som que já ouvimos por aí desde meados da década passada, inclusive se espelhando em artistas que possuem contrato com a Domino, como é o caso do Arctic Monkeys e do Franz Ferdinand. No entanto, se a banda não tem nada de novo, porque diabos eu a estou indicando? Simples, por causa de sua competência e qualidade capaz de levar o quarteto a integrar o casting da gravadora que também conta com Hot Chip, The Kills, Panda Bear, Real Estate e Eugene McGuinness, que é irmão do já citado Dominic.
[youtube]https://youtu.be/d4Ho_LD9AKE[/youtube]
Mesmo com alguns singles lançados durante o ano e uma exposição considerável na mídia europeia e americana, foi graças ao aplicativo do Spotify e a pegada rápida de “Swarm” (clipe acima) que o The Bohicas ganhou a minha atenção. A música, que me faz lembrar do The Hives em alguns momentos, entrega muito do que é a banda e do que encontramos em The Making Of. Com produção de Mark Rankin (Queens Of The Stone Age), Chris Hughes (Tears for Fears) e Oli Bayston (Toy), o disco tem onze faixas e é um trabalho muito divertido de se ouvir. Tem energia, tem barulho, é vibrante e totalmente capaz de grudar no seu ouvido já em sua primeira audição. Além de tudo isso, The Making Of é um disco rápido, já que apenas apenas duas das suas 11 faixas tem mais de 4 minutos, algo que também era comum na década passada.
Por mais que possa parecer datado, é legal descobrir já nos acréscimos de 2015 uma banda que busca fazer o básico, sem firulas e com qualidade. Além de “Swarm”, músicas como “To Die For”, “XXX”, “Where You At” e “Upside Down and Inside Out” comprovam tudo isso.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=lnObs6BQ8lw[/youtube]
Precisa de algo para ouvir? Dá play no The Bohicas abaixo e divirta-se.