Keep calm, i´m a Muser.
Em 2008, o Muse era tão conhecido no Brasil quanto a banda do seu vizinho é no cenário underground da sua cidade. Havia sim a curiosidade dos amantes da música em saber porque tanta gente elogiava tanto os shows dos britânicos. Havia sim uma quantidade generosa de fãs leais, cuja maior parte se conheceu na comunidade Muse Brasil no Orkut. Amizades foram formadas, amores nasceram. Alguns persistem, outros não. Foi com esse cenário que o Muse veio para o Brasil pela primeira vez para uma série de três shows (RJ, SP e Brasília).
Três anos depois, o Muse retornou como convidado de luxo para a abertura dos três shows do U2. Foi pouco para os fãs mais antigos, mas naquela altura a banda já estava bem popular. Você provavelmente conhece alguém que disse ter ido ao show do U2 apenas para ver o Muse. Eu conheço um monte de gente que não só fez isso, como ainda por cima foi embora e me deixaram sozinho para curtir o Bono Vox.
Mais dois anos se passaram até uma nova visita de Matthew Bellamy, Chris Wolstenholme e Dominic Howard ao Brasil. O Muse veio como uma das atrações principais do Rock in Rio de 2013. E fez um dos melhores shows em solo brasileiro, pelo menos tecnicamente. Bellamy e cia abandonaram o estilo fanfarrão há muito tempo e estão flertando com o rock de arena brega.
E agora, o Muse volta mais uma vez para ser o headliner da terceira edição do Lollapalooza. Podemos aproveitar aqui a edição especial que fizemos nessa ocasião para citar algumas das pérolas do Muse que não podem faltar no show, mas fã que é fã sempre tem algo a mais para acrescentar. Aqui vai uma listinha básica com o que o Muse deveria tocar no seu primeiro show do ano.
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1) “Música inédita”
Sabemos que o trio é chato. Se você não sabia, fique sabendo agora. O Muse é liderado por um mala perfeccionista. No entanto, contrariando as expectativas e considerando ser o primeiro show deles do ano, não é impossível sonhar em ouvir em primeira mão algum material inédito. O baixista já disse que o próximo disco será bem parecido com as origens, ou seja… Coisas boas nos aguardam. (Mas o Muse já prometeu isso no período que antecedeu o lançamento dos dois últimos discos, logo… não criem expectativas)
2) “In Your World”
Tenho uma simpatia especial por essa porrada pop chamada “In Your World”. Das faixas alternativas, essa é uma que ainda não foi tocada no Brasil. “Fury”, “Dead Star” e “The Groove” deram o ar da graça em 2008. Quem sabe alguma dessas retorne para diversificar o repertório?
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=9h1B-ydAIBk[/youtube]
3) “Showbiz”
Para quem acha que o Crepúsculo foi o único responsável pelo sucesso imenso da banda no Brasil, fiquem sabendo que a verdadeira culpada pela divulgação foi a baiana Pitty. Com suas covers, ahnm, um tanto contestadas, a cantora botou o Muse na roda e ajudou demais na disseminação do som. “Showbiz” era a favorita dela para tocar nos seus shows. “Sorte” do público.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=2qxT2grws5o[/youtube]
4) “Apocalypse Please”
Uma música dramática como essa não pode ficar de fora da história da banda com o Brasil. “Apocalypse Please” faz as honras da casa no terceiro disco, Absolution. Com um piano denso e uma letra chorosa sobre o fim do mundo, o Muse apresentou um de seus clássicos instantâneos. Pena que eles não parecem perceber isso.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=H21wRw9-MuA[/youtube]
5) “Micro Cuts”
Existem rumores de que a banda planeja tocar “Space Dementia” na noite de quinta-feira, 3 de abril. Se acontecer, os fãs mais fervorosos sofrerão um mini ataque cardíaco. Mas absolutamente nada se compara ao que poderá acontecer quando Bellamy iniciar o dedilhado característico de “Micro Cuts”, uma música incrível e que mostra o poder do falsete do vocalista. Se alguém começar a gritar, ficar roxo, e/ou suar do seu lado durante essa canção, não se preocupe: essa pessoa só é alucinada com Muse e está tendo um comportamento extremamente normal.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=DlAPkNpS-O8[/youtube]