Em sua passagem por Belo Horizonte, no último dia 08 de maio, em show realizado no Teatro Alterosa, Jay Vaquer recebeu a equipe do Audiograma para o nosso primeiro Interrogatório.
Com a equipe a postos no camarim e o tempo corrido, cinco perguntas estavam engatilhadas para que você conheça ou saiba um pouco mais dos novos projetos deste formidável e atencioso cantor e compositor. Confira!
Todo mundo que está aqui sabe e conhece o Jay Vaquer, mas para que não conhece, quem é Jay Vaquer?
É um compositor que canta o que compõe e tenta interpretar eventualmente composições de outros autores. Nasci no Rio de Janeiro e esse nome é meu nome mesmo, Jay Vaquer, não é nome artístico, e eu acho que se eu tivesse que criar um nome eu teria feito algo um pouco melhor (risos), mais fácil também pro mercado.
É isso, um cantor honesto, fazendo o melhor que pode sempre levando o trabalho pelo Brasil a fora, graças a Deus.
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Você já gravou quatro cd’s de estúdio, um ao vivo e um novo álbum está por vir. Tem alguma novidade que você pode contar, como está o processo?
Ele ainda está muito no começo, mas eu já tenho algumas idéias em mente. Até escondidas no meu blog, que é a Fuzarca, onde periodicamente respondo a “Budegosa” (perguntas feitas pelo publico), eu comentei que algumas participações seriam imensamente preciosas, pessoas, cantores e cantoras pelos quais eu tenho uma admiração grande.
Pessoas mais jovens, mas já consolidadas como a Maria Gadú ou a Céu por exemplo… são vozes primorosas, timbres lindos. Eu tenho a sorte de ser próximo a Gadu, então, de repente é uma coisa que soma. Eu quero beleza, eu quero que some!
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O fato de você ser pai futuramente influi processo de criação?
Com certeza! É inevitável que agente perceba o mundo e as prioridades também de outra forma. É muito surpreendente como eu sempre fui muito desencanado. Nunca passou pela minha cabeça, por exemplo, a necessidade de estar com saúde, de estar inteiro, e agora eu percebe isso.
Eu entro em um avião e eu não tenho nenhuma paranóia, nenhum medo mas, poxa a vida, eu não posso morrer agora porque eu preciso dar amor, educação, carinho, ir à luta e proporcionar uma vida bacana pra essa criança.
Claro que muda, muda bastante. O resultado disso que eu não sei se o pessoal vai gostar (Risos).
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Você teve aqui em 2000 com o Cazas de Cazuza. Como é voltar a BH para fazer de fato o seu show?
Eu já estive aqui antes para fazer as fotos do Formidável Mundo Cão com o Marcio que é um grande profissional de BH e, antes de 2000, já estive aqui algumas vezes com a minha mãe que está sempre por aqui e eu me lembro de poder acompanhá-la algumas vezes.
É um barato. Era uma grande frustração pra mim não poder levar o show pra uma cidade tão importante e tão próxima do Rio. Como é que eu já fui pra Recife, Porto Alegre, Salvador e não para BH?. Era uma coisa que me incomodava e, agora, a minha luta é para que eu possa voltar sempre.
Eu não conhecia a platéia daqui e eu fiquei bem feliz com a receptividade, o carinho, as pessoas cantando. Uma energia incrível e eu já estou com saudade dessa energia. É uma coisa que vicia! Eu quero mais!
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Nós citamos o Cazas de Cazuza e existem notícias de que o musical vai voltar aos palcos. Isso vai rolar de fato?
A chance de rolar é muito grande, porém existe uma coisa inacreditável, eu diria. Estamos em maio de 2010, o projeto foi aprovado na Lei de incentivo, mas estamos com muita dificuldade na captação de recursos em função do elenco não ser global, famoso, e ai os patrocinadores sistematicamente dizem que o tema é meio complicado para veicular a marcar.
O tema é o Cazuza, um dos maiores poetas do Brasil. Aí eles dizem que aborda drogas, homosexualismo… Pelo amor de Deus, é muita demagogia, muita babaquice.
Estamos com essas dificuldades, mas já temos as datas marcadas e estréia dia 05/08 no vivo Rio. Já tem até todas as datas, porém, sem patrocínio é complicado. Não dá pra parar tudo e ficar ensaiando. Se não tiver uma grana…
Não da pra ficar sem dinheiro, até com relação à segunda pergunta, eu não posso, como fico sem dinheiro? Até adoraria, mas não dá.
É uma vergonha, ainda não está certo, mas a tendência é que role.
Você confere a cobertura do show do JayVaquer no Teatro Alterosa em nossa seção De Olho nos Palcos.