No dia 28 de julho, Post Malone trouxe ao mundo sua obra-prima, intitulada Austin.
Com um disco exploratório, o artista revela uma virada de página impressionante em sua carreira, mergulhando de forma corajosa e pessoal em um universo de liberdade criativa. Com produção majestosa, composições profundas e conceito arrojado, Austin firma-se como o melhor disco do cantor.
O registro brilha com uma produção meticulosa e inovadora, elevando os padrões do pop a novos patamares. A abordagem sônica, claramente fruto de um meticuloso planejamento, é um dos principais destaques. A mistura cuidadosa de elementos eletrônicos com instrumentos orgânicos confere uma textura única às faixas, proporcionando uma experiência auditiva imersiva e envolvente.
O destaque do álbum é sem dúvidas a canção “Something Real”, responsável por ditar o tom da experiência a seguir, a faixa e poderosa conta com uma profunda exploração musical, com uma camada majestosa seguida de um coral digno de estar presente em um Like a Prayer (Sim, foi exatamente isso que você leu).
As composições do álbum são como um grito de liberdade em forma de música, revelando um lado mais vulnerável e sincero de Post Malone. Cada faixa parece ser um mergulho profundo em suas emoções, permitindo que os ouvintes se conectem de maneira íntima com as histórias contadas. O disco conta com uma experiência sensorial facilmente comparada com um passeio de montanha russa, indo de extremo a extremo explorando as emoções em sua mais alta e verdadeira potência.
Malone ousa experimentar e se afasta do convencional em Austin, incorporando arranjos inusitados e bem encaixados. A fusão de gêneros musicais, desde elementos do hip-hop até nuances do rock alternativo, demonstram uma riqueza estilística que somente um artista de seu calibre pode executar com tamanha maestria. É incrível como a produção se casa bem com o tom de voz do cantor, que é extremamente bem explorado no decorrer da experiência sonora.
Em um disco sem feats, Post se centraliza como a figura principal dentro da narrativa, explorando não só a parte vocal mas também a instrumental. O músico, inclusive, chegou a mencionar em algumas entrevistas que tocou guitarra em todas as faixas do álbum. No entanto, toda a atenção centralizada em uma única ponte pode causar um certo cansaço em alguns momentos, mas nada que fará você parar de ouvir, ainda que possa te desconectar. Em uma alusão, se centralizar tanto pode parecer como contar uma historia de duas pessoas, limitando os fatos apenas a sua perspectiva. Como se o outro lado não tivesse importância no que e dito.
Austin representa uma jornada de redenção para Post Malone, marcando uma transformação pessoal e artística para o cantor. Ele se despe de qualquer artifício e entrega uma performance carregada de emoção, evidenciando uma evolução notável em sua capacidade vocal e entrega.
Cada nota é embebida em sinceridade, e é impossível não se sentir arrebatado por essa metamorfose. A produção meticulosa, composições profundas e uma liberdade criativa deslumbrante elevam o álbum a um patamar superior. Post Malone transcende a si mesmo, explorando sua alma de forma corajosa e entregando uma obra-prima que ficará marcada na história da música. Com Austin, o cantor reafirma sua posição na indústria fonográfica, convidado nossas mentes a compartilhar sua verdadeira essência.
Post Malone – AUSTIN
Lançamento: 28 de Julho de 2023
Gravadora: Mercury Records
Gênero: Synth-pop
Produção: Post Malone, Andrew Watt, Louis Bell, Max Martin, Rami Yacoub.
Faixas:
01. Don’t Understand
02. Something Real
03. Chemical
04. Novacandy
05. Mourning
06. Too Cool To Die
07. Sign Me Up
08. Socialite
09. Overdrive
10. Speedometer
11. Hold My Breath
12. Enough Is Enough
13. Texas Tea
14. Buyer Beware
15. Landmine
16. Green Thumb
17. Laugh It Off
