Que tal uma seleção com três novos clipes nacionais para começar o dia?
Abrindo a lista, o clarinetista mineiro Caetano Brasil dá continuidade na promoção do álbum Pixinverso – Infinito Pixinguinha e lança um clipe para “Soluços”, canção onde mescla o ritmo brasileiro com o tango.
A ideia de gravar o vídeo surgiu da vontade de interagir com outras linguagens artísticas, o que tem se mostrado uma tendência da arte contemporânea. Através destas intersecções, a mensagem se amplifica ao agregar outros profissionais que trazem ao projeto novas perspectivas.
Para o clipe, o artista buscou sair do lugar comum: ao invés de se juntar aos músicos para encenar uma performance musical ou mesmo fazer as imagens durante a gravação do álbum no estúdio, como é de praxe na música instrumental. O músico convidou a bailarina e professora de dança Silvana Marques, que tem em seu currículo mais de 30 anos de experiência com a dança de salão, para montar uma coreografia em cima do arranjo, em que ele dançasse com um outro homem. No vídeo de “Soluços”, Caetano realiza a performance com o bailarino Lorran Faria. A filmagem ficou a cargo da Cabeça de Vento, uma produtora audiovisual da cidade de Ubá (MG), enquanto a direção é de Caetano e Silvana.
Pixinverso – Infinito Pixinguinha é um álbum focado em estreitar os laços entre o choro, o jazz contemporâneo e a world music, relendo composições que fazem parte da vida de milhões de pessoas. O resultado está disponível nas principais plataformas de streaming.
Após dar início a sua nova fase com o lançamento do álbum Norte, o duo Casaprima segue mostrando sua mescla de folk e MPB com um viés pop.
Na esteira do documentário Arte Reversa, onde Heitor Alves (violão e voz) e Maria Juliana (piano e voz) mostram a feitura do novo trabalho, agora a faixa “Meu” ganha destaque com seu próprio clipe. Além da sintonia musical, o duo reflete a sua experiência como um casal. Essa entrega sentimental transparece nas composições deste novo trabalho, refletindo diferentes fases de um relacionamento.
Em “Meu”, surge o momento de abrir mão de um amor ao entender que os dois lados são incompatíveis, mas não sem sentir esse adeus. “A canção ‘Meu’ fala sobre um amor impossível. Um amor que não pode acontecer naquele momento, onde o eu lírico se percebe tendo que iniciar sua busca novamente por alguém que o complete. Fala sobre um momento de recomeço, de pensar em algo novo e seguir em frente. Recomeçar faz parte da nossa vida. Muitas vezes precisamos fazer novas escolhas, ter novos propósitos, porém, sem esquecer da nossa essência e sem desistir de ser felizes”, reflete Maria Juliana.
Norte pode ser ouvido nas principais plataformas digitais. O clipe tem a direção de Douglas Alan.
A estreia da banda carioca Samba Esquema Russo é uma declaração de ironia, não-conformidade e muita personalidade.
O projeto não se constrói por rótulos, gêneros ou tags e uma boa prova disso pode ser vista em “Cazuza Já Morreu”, um convite a colorir fora das linhas, ultrapassar limites e subverter expectativas. Entre as guitarras distorcidas, surge a urgência de um desabafo quase gritado. “É um rockzin que não é uma crítica social foda, não é uma homenagem póstuma, não é continuação, não é ruptura, não é tradição e muito menos vanguarda”, revela a banda.
A faixa ganha um clipe que é uma leitura visual dessa declaração de existência do Samba Esquema Russo, uma estreia barulhenta que une as raízes dos integrantes Maria Steinbruck (voz), Vinícius Gusmão (guitarra) e Gabriel Gorini (guitarra), entre o Rio de Janeiro solar e as paisagens idílicas da chuvosa Serra dos Órgãos. “Às fontes que bebemos, a reverência. Entre o turbilhão de imagens, pessoas, acontecimentos brutais e momentos sublimes, habita a vista enevoada e ao mesmo tempo certa do que vê. Esteja atento: sob neblina use luz baixa”, alertam.
A montagem do clipe ficou nas mãos de Gorini e Gusmão, enquanto a filmagem e a finalização foram feitas por Thiago Lessa.