Uma mistura entre baladas profundas e reflexivas com canções alegres é o que permeia o Fugadoce, novo álbum da banda Daparte.
Construído ao longo dos últimos três anos, o trabalho conta com treze faixas e busca mostrar um pouco das mudanças que aconteceram no quinteto mineiro durante este período, principalmente durante o período da pandemia.
“A felicidade de lançar esse álbum é enorme. Escolhemos esperar um momento mais próximo do fim da pandemia, o que gerou um tempo de espera muito grande. Com isso, novas composições e novas versões de algumas músicas foram surgindo. A solução foi lançar vários singles, que inicialmente sairiam somente no disco, para alimentar nossos fãs e a nós mesmos”, revela Juliano Alvarenga. “Finalmente, chegou a hora de mostrar para o mundo o restante desse play, com músicas que vão trazer um astral legal pra todo mundo curtir e começar a virar a chave desses tempos sombrios que passamos”, complementa o vocalista e guitarrista.
Esse é o tom em torno do álbum: oferecer ao ouvinte uma fuga de todas as bads geradas nos últimos anos e, para isso, o grupo decidiu arriscar e experimentar coisas novas.
Desde o processo de gravação até elementos de produção, é como se o Fugadoce funcionasse como uma colcha de retalhos envolvendo diversos lugares, pessoas e elementos. Isso fica claro no envolvimento de diversos produtores musicais no álbum, como Renato Cipriano, Pedro Peixoto, Tibery, Leo Marques e Otávio Cardoso.
“Fugadoce é tudo o que vivemos, sentimos e vislumbramos nesses últimos três anos. Uma mistura de sensações traduzida em som. O álbum vem com novas experiências sonoras, com um pouco de tudo que a gente curte ouvir. É um bom disco para mostrar as várias faces que tem a Daparte”, afirma o baterista Daniel Crase.
Já disponível nas plataformas digitais, Fugadoce sucede Charles, trabalho de estreia da Daparte, lançado em 2018.
Abaixo, leia um faixa a faixa do álbum feito pela Daparte:
“Você Gosta Dela”, faixa foco do álbum, chega com grande expectativa, é a mais esperada pelos fãs desde o início da banda. Com uma melodia cativante e um refrão “chiclete”, traz a animação e energia esperada para esse verão, que promete ser o melhor de todos os tempos. Produzida por Tibery, produtor jovem que vem da cena do rap, traz elementos eletrônicos, atuais e modernos, somados ao som orgânico e característico da Daparte. O resultado dessa parceria é uma grande aposta nessa sonoridade mais contemporânea e pop. O videoclipe que acompanha a faixa, dirigido por André Greco e Pedro Milagres, marca bem o que representa o álbum para nós. Um momento de esperança e de alegria para celebrar o amor e a diversidade.
“Segundas Intenções” foi a primeira música a ser lançada do álbum, ainda em 2019. Uma canção divertida e descontraída, gravada no Sonastério com produção de Renato Cipriano. Esperamos que muitos possam conhecê-la agora com o relançamento.
Em seguida, “Iaia”, single de trabalho pré-pandemia, ainda é uma das nossas queridinhas. Primeira canção que a Daparte utilizou beat eletrônico para somar com a bateria. Produzida também por Renato Cipriano, é uma das que consideramos mais fortes do álbum.
Depois chega “Seu Endereço”, último single lançado antes do álbum. Marca a transição entre a melancolia e reflexão para a vibe “solar” e animada dos próximos lançamentos. Gravada inteiramente em casa, foi produzida por Julio Anfer.
“Queria Eu” é uma canção que estava pronta desde 2019, mas alterada nas vésperas do lançamento. Produzida pelo guitarrista da Lagum, Zani, foi a faixa que mais arriscamos em tirar novas sonoridades e experimentar coisas novas (como gravar taças de vinho, papel alumínio, baixo upright). Foi uma boa oportunidade de nos juntarmos com um amigo que também é referência na cena da nova música brasileira.
“Acrobata” foi gravada em Live Session no New Doors Vintage Keys Studio, é a única canção do álbum captada em apenas um take, com todos os instrumentos juntos na primeira session oficial de gravação do local. Produção de Renato Cipriano.
Depois chega “Claudia”, mais uma “good vibes” que foi guardada para o álbum. Também já é conhecida de alguns fãs pelos “spoilers” que a Daparte deu. Produzida por Renato Cipriano e com Mix de Pedro Peixoto, mostra a identidade construída pela banda.
“A noite” é para quem curte Britpop, como o quinteto. A turma do Britpop, da Clockwork, da Vila Mariana. O disco do Daparte tinha que ter um som tipo esse, violões abertos, licks de guitarra e tecladão num groove reto.
“Três da Manhã” é uma música que já agrada em sua versão mais primitiva. Com ‘voz e violão’ já parece pronta e encanta com todo sentimento da letra e nuances melódicos. Produção de Renato Cipriano.
“Pescador”, com produção de Leonardo Marques, apresenta a sonoridade mais introspectiva e melancólica que os fãs já conhecem de algumas canções, com a ilustre participação do cantor carioca Zé Ibarra.
“Calma”, produzida por Renato Cipriano, foi uma música composta antes da pandemia, uma espécie de mantra que mostra que está tudo bem passar por momentos complicados, problemas e se sentir abalado.
Por fim, a já conhecida “Nunca Fui Desse Lugar” foi o trabalho em conjunto das bandas Daparte e Lagum, que resultou neste sucesso. A música, produzida por Pedro Peixoto, fala de inseguranças da vida amorosa, nostalgia e sensações comuns do cotidiano.