Direto de Salvador, o AFROPUNK Bahia faz a sua estreia fomentando uma celebração à negritude com nomes consagrados da música nacional unidos a expoentes da nova geração.
No dia 27 de novembro, a primeira edição do festival internacional no Brasil ecoa a potência musical, política e poética da negritude brasileira no Centro de Convenções Salvador, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube e também no site do AFROPUNK.
“Exaltar o encontro e toda a diversidade de ritmos, vivências e saberes, em uma experiência única para quem se permitir sentir o elo sensorial da Cultura Afro Contemporânea” é o que guia a direção musical do evento, assinada por Ênio Nogueira.
A partir disso, alguns caminhos são propositalmente cruzados, o rapper Mano Brown divide o palco com Duquesa, aposta do R&B; Tássia Reis se une ao Ilê Aiyê; enquanto a baiana Luedji Luna se apresenta com o duo Yoún; a carioca Malia soma ao lado de Margareth Menezes; e, por fim, Urias com Vírus.
“Estamos propondo uma linha que contemple a continuidade e coexistência dos tempos, legados e construções no Brasil a partir da exaltação da cultura brasileira e elevando o debate para o legado da comunidade negra”, sintetiza Monique Lemos, pesquisadora e curadora de conteúdo, sobre o fio condutor pensado para a edição de estreia, que apresenta o AFROPUNK Bahia para o mundo.
O princípio do encontro rege também a direção criativa do festival, que é pensada por Bruno Zambelli e Gil Alves. “Nos inspiramos nessa nova geração de artistas multi-talentosos, que – a cada dia – vêm ocupando as plataformas, abrindo espaço e potencializando a voz de autênticas manifestações, junto à fé ancestral existente na Bahia, terra onde nasceu o Brasil e reúne um legado de preservação cultural, história de luta e resistência”, resume Gil. Para a programação, o AFROPUNK BAHIA ainda prepara performances de Jadsa e Giovani Cidreira, além de Deekapz (que convida Melly e Cronista do Morro) e Batekoo (que recebe Deize Tigrona, Tícia e Afrobapho).
A ocasião ainda prestará uma homenagem ao maestro Letieres Leite, que faleceu em outubro deste ano. À frente da Orkestra Rumpilezz e também nos bastidores, o mestre dos sopros e da percussão deixou melodias e arranjos que se confundem com a história da música brasileira.
Para celebrar esse movimento Brasil afora, bares de várias capitais passarão o festival em sua programação, com a seleção dos espaços assinada pelo Guia Negro.
Além disso, o AFROPUNK Bahia contará com público presencial, de forma reduzida e limitada. A plateia será formada por pessoas que precisam marcar presença na histórica primeira edição do AFROPUNK Bahia. À frente da ação de relações públicas do evento, a jornalista Val Benvindo conduzirá essa seleção. “Eu enxergo muito o movimento que o AFROPUNK faz para o mundo e como é essencial a conexão entre as pessoas que fazem a cena cultural da Bahia ser o que ela é”, Val afirma. “Nós queremos aproximar as potencialidades pretas, a gente quer trazer o mesmo público do festival mundial, mas na realidade das comunidades de Salvador”, ela completa. De acordo com a produção, a edição inaugural funcionará como um momento de transição para que, em 2022, o evento chegue ao seu formato com 100% de conteúdos presenciais.
A parcela de ingressos disponibilizados já pode ser adquirida através da Sympla e todo o valor arrecada será revertido para o projeto cultural Quabales, idealizado pelo multi-instrumentista, compositor, produtor e performer Marivaldo dos Santos.
SERVIÇO: AFROPUNK Bahia 2021
Data: 27 de novembro de 2021 (sábado)
Horário: A partir das 17h30
Transmissão: YouTube e site do AFROPUNK.
Ingressos: R$55
Ponto de venda: Sympla
Programação:
- Mano Brown & Duquesa
- Tássia Reis & Ilê Aiyê
- Luedji Luna & Yoún
- Malia & Margareth Menezes
- Urias & Vírus
- Deekapz convida Melly e Cronista do Morro
- Batekoo convida Deize Tigrona , Tícia e Afrobapho
Apresentação: Larissa Luz