A artista paraense Thais Badu lança seu primeiro álbum, Mama System, onde conta um pouco sobre sua trajetória, interligando com histórias de seus ancestrais, passando sobre temas sobre força, coragem e esperança para alcançar sonhos.
A obra traz um conceito de ‘sistema de som’ que busca não segregar as pessoas, mas sim agregar a diversidade, gerando um impacto positivo no ambiente em que se insere. Realizado com o patrocínio da Natura Musical e do Banco da Amazônia, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará, o lançamento possui sete faixas, sendo seis com participações especiais.
“[…] não podemos desistir jamais. Tudo tem um objetivo, tem uma recompensa e quando eu entendi isso, entrei em um universo de autoconhecimento. Entendi que meu objetivo na terra é fazer minha arte e, através disso, empoderar outros corpos a acreditar em si mesmos”, explica Badu.
O primeiro single, “Nada é em Vão”, que já ganhou videoclipe, mostra claramente nas letras e nos elementos visuais, um incentivo para todos perseguirem os seus sonhos e objetivos, sejam quais forem as dificuldades. Logo no refrão, se ouve “Não desista, levante e viva a sua história é sua conquista”.
Lista de faixas de Mama System:
- “NADA É EM VÃO”
- “A TAL SOU EU” (feat Lil David)
- “NEGA BRABA” (feat Bruna BG)
- “BATIDA DA JAMAICA (feat Bruno BO)
- “NENHUM ROLÊ (feat Antonio de Oliveira)
- “TU PERDEU! (feat Tchelinho)
- “MULEKA DOIDA” (feat Luisa Nascim)
Abaixo, veja o faixa-a-faixa feito por Thais Badu:
01. “NADA É EM VÃO”
“Essa música foi a primeira que fiz a produção musical e traz consigo essa história de superação, de não desistir dos seus sonhos. É uma música que fiz pra mim mesma em 2017 e que, depois de anos, eu volto nela e vejo que tudo que eu coloquei ali está acontecendo.”
02. “A TAL SOU EU”
“Meu processo de composição acontece de duas formas: ou eu escrevo uma letra e tento música ou eu ouço um beat e crio a letra. Nesse caso, eu ouvi o beat e criei a história da canção. Então chamei para fazer o feat o meu amigo Lil David, que era um artista que já tinha vontade de gravar e deu muito certo. A música traz um clima de sedução e conquista, os pretos se amando e esse envolvimento que eu adoro.”
03. “NEGA BRABA”
“A Bruna BG é uma amigona minha, muito talentosa e uma artista que tenho muito orgulho. Ela havia me apresentado as rimas para essa canção, eu entrei com minha parte, estruturamos a música e ficou pesada demais. Nossa conexão é muito boa e leve, nos entendemos muito bem. Lógico que pedi para ela para esse single entrar no álbum, ela super topou e ta aí o resultado para vocês.”
04. “BATIDA DA JAMAICA”
“Eu sou apaixonada por essa canção. Como vim do reggae, ela me representa muito. Quando o Rafael Dumdum me mostrou esse ridim, eu fiquei doida para fazer a letra. E eu fiz, mostrei pra eles (Ledread e Rafael — CAFOFO RECORDS) e pedi para ela entrar no álbum. Depois fui atrás do meu amigo Bruno B.O, um dos maiores nomes do RAP paraense e também tem uma história no reggae, para somar comigo e o resultado ficou muito lindo, eu amo muito esse som. Também agradeço ao Dubalizer por dar ao som a finalização perfeita do dub system, sem palavras para definir o resultado desse som.”
05. “NENHUM ROLÊ”
“O Antonio me procurou dizendo que tinha uma música com a minha cara, no dia seguinte nos encontramos e apresentei para ele a minha resposta. Chamei o GBM, que estava na sala ao lado, e fizemos o beat da primeira parte da canção. Mas queríamos algo para dançar também, então entrou o Will Love e ficou tudo perfeito: um remix dentro da música, uma mistura inusitada que dá muito certo.”
06. “TU PERDEU!”
“Essa música é verídica, fiz pra meu namorado que também é artista e vive em trânsito. Em um momento dramático, fiz a letra chamei o Proefx para fazer o beat e apresentei para o Tchelinho, que topou fazer parte desse rolê com uma letra foda. Ele me apresentou o Leo Justi, que trouxe também o ar funk carioca para o som, Lembra o funk charme, madureira, noventista, que eu adoro.”
07. “MULEKA DOIDA”
“Quando eu ouvi esse beat do Meck beat, fiquei doida para compor em cima. Fiz a letra e chamei a Luisa para entrar nessa onda comigo, que foi incrível e topou. Pensamos no universo das aparelhagens que queríamos contar e surgiu a “Muleka Doida” que super nos representa: essa aparelhagem que agrega tudo que é diferente.”