As acusações de abuso sexual infantil que sempre assombraram a carreira de Michael Jackson voltaram a tona com a primeira exibição do documentário Leaving Neverland.
Apresentado para críticos e convidados na última sexta-feira (25), dentro do Festival de Cinema de Sundance, o documentário conta com depoimentos de duas supostas vítimas do eterno Rei do Pop e, segundo a crítica, o nível de evidências que comprovam as acusações são grandes e não deixam margem para dúvidas.
Toda a produção é conduzida a partir das declarações de Wade Robson e James Safechuck, que na época tinham sete e dez anos. De acordo com o crítico David Ehrlich, do IndieWire, Leaving Neverland chega a descrever situações vividas por eles enquanto frequentavam o rancho de Michael Jackson, como obrigar que os garotos fizessem sexo oral ou se despirem e morderem seus mamilos enquanto ele se masturbava.
Após a exibição do documentário, a família de Michael Jackson divulgou um comunicado no qual repudia a produção e as suas acusações. “Michael sempre deu o outro lado do rosto, e nós sempre demos o outro lado do rosto quando as pessoas vêm atrás de membros de nossa família – esse é o jeito Jackson. Mas nós não podemos simplesmente assistir enquanto esse linchamento público continua”, afirma a família. “Michael não está aqui para se defender, do contrário essas alegações não teriam sido feitas”, completou o comunicado.
Segundo a família, as declarações de Wade Robson e James Safechuck são mentirosas e isso já ficou provado judicialmente após os dois terem os seus processos contra Michael Jackson negados por um juiz em 2017. “Nós somos orgulhosos do que Michael Jackson representa”, conclui a família.
Segundo informações, o documentário Leaving Neverland deve ser exibido pela HBO em breve. Vale lembrar que, em junho, se completará dez anos da morte de Michael Jackson.