Estava um pouco sumida daqui – prometo não me ausentar mais -, mas voltei cheia de dicas para vocês.
A de hoje eu descobri recentemente e em uma segunda-feira na qual estava louca para escrever. Muitas pessoas tem problemas com segundas, enquanto eu sempre penso que é um novo ciclo e tudo vai dar certo. E sempre bom pensar assim, atrai.
Voltando, eu estava aflita e louca para escrever sobre alguma banda ou músico que me impactasse de alguma forma, sabe? Daquele jeito bem forte e que iria fazer meu coração bater intensamente, como se eu estivesse correndo por aí. Foi exatamente isso que aconteceu ao escutar “Madureira à Bagdá”, música de Caio Nunez, que é a minha dica valiosa dessa semana.
“…Me dê a mão vem me controlar
Que minha combustão é teu guia
Me dê razão pra te procurar
Onde cê for eu vou…”
Essa música me fez olhar com outros olhos para a minha segunda feira, de uma forma mais animada ainda da que eu já vejo. A batida e a letra é exatamente o tipo de música que faz a gente cantar e dar replay, sentindo aquela felicidade dentro do corpo que poucas músicas são capazes de transmitir.
Dá o play e ouça agora mesmo:
“Madureira à Bagdá” foi produzida pelo próprio cantor, em parceria com Thiago Deodato, e inspira-se no funk carioca para desenhar a realidade de inúmeros casais apaixonados que, morando em bairros diferentes da periferia do Rio de Janeiro, encaram – sempre que querem ficar um tempo juntos – cenários de violência e desigualdade.
Segundo o músico, “essa canção é sobre o cara dizer que, mesmo com um dia a dia tão agressivo e cercado de caos, ele faz o que for para estar perto de quem ele ama”. “Isso dá sentido para vida das pessoas. Movimenta sonhos. Inclusive, aconteceu comigo e me aproximou da arte”, afirma Caio.
Gravado no alto do Pereirão, em um projeto chamado Morrinho, o clipe evidencia imagens de jovens completamente plenos de suas alegrias, dançando e sorrindo. Entre um passinho e outro, ganha destaque uma maquete reproduzindo a comunidade. Feita de tijolos e materiais recicláveis pintados à mão, incluindo carrinhos, bonecos de lego e outros objetos que detalham as ruas, mostrando que a favela é também um espaço de grande riqueza cultural e social.
É claro que eu fui buscar por mais coisas lá no Spotify e encontrei o EP Akinauê. Já digo que gostei de todas as canções, todas me ganharam já na primeira audição. Ouça aqui também e abra um sorriso para cada música.
E aí, gostaram? Ouça e depois vem cá deixar um recadinho sobre, combinado? Ah não esqueçam de seguir e acompanhar o trabalho dele hein \o/
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Fotos: André Rola