Belo Horizonte aguardava pela Nação. E ousaria dizer que a Nação também esperava pelo retorno a capital mineira.
No último sábado (28), o Music Hall foi o palco escolhido para se colocar o ponto final nessa espera e, com direito a casa cheia, a banda subiu ao palco (depois de duas horas de espera animadas por um DJ) para mais uma demonstração de que “quem sabe faz ao vivo”, como diria aquele famoso apresentador.
Trazendo na mala os seus principais sucessos e promovendo o DVD gravado no quintal de casa, Recife, a Nação hoje conta com um respeito igual ou maior que da época de Chico Science, tornando quase impossível a tarefa de se fazer alguma ressalva ao trabalho da banda. Isso fica mais difícil ainda quando se vê a banda em cima do palco, local de onde a Nação consegue entreter o público e dar a cada um de seus fãs um show competente e energético.
Mesmo com um som, em determinados momentos, estranho (por causa da casa, não da banda), quem se fez presente no Music Hall naquela noite aproveitou cada uma das músicas, desde os seus primeiros acordes, para soltar a voz junto com Jorge Du Peixe.
Aquela era a minha primeira experiência ao vivo com a Nação e, a cada música, me impressionava com a forma que o público se envolvia com o show e a banda, criando uma atmosfera muito interessante e, de longe, o ponto alto da noite.
Músicas como “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada” e “Quando a Maré Encher” são apenas dois exemplos de momentos quase catárticos de um show e uma sintonia que me faz, cada vez mais, gostar da ideia de ver shows em Belo Horizonte.
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Veja as fotos do show feitas pela Polly Rodrigues na seção Coberturas.