Os filmes de horror são essenciais para o mundo do cinema, oferecendo ao público emoções intensas, sustos e uma dose saudável de adrenalina e as vezes rendendo algumas visitas extras ao consultório do seu terapeuta.
Ao longo dos anos, o gênero evoluiu e se ramificou em diversas subcategorias, cada uma com suas próprias características. Entre essas subcategorias, uma tem se destacado: os filmes de horror musicais. Essa fusão inusitada entre o horror e a música tem conquistado fãs e críticos, trazendo uma nova perspectiva e desafiando as convenções do gênero.
A combinação improvável: Horror e Música
O casamento entre horror e música pode parecer uma combinação improvável à primeira vista. Enquanto o horror busca assustar e provocar medo em seu público, a música tem o poder de encantar e emocionar. No entanto, quando esses dois elementos são combinados, o resultado pode ser surpreendentemente eficaz.
A música, com sua capacidade de criar atmosferas e transmitir emoções, complementa o horror, intensificando o suspense e ampliando a experiência sensorial do espectador.
Origens e influências
Embora os filmes de horror musicais tenham ganhado destaque nos últimos anos, suas raízes podem ser traçadas até o passado. O clássico O Fantasma da Ópera (1925), dirigido por Rupert Julian, foi um dos primeiros filmes a explorar a combinação de horror e música. Desde então, várias produções teatrais, como The Rocky Horror Show, ganharam popularidade e foram adaptadas para o cinema.
No entanto, foi em 2007 que o gênero ganhou uma atenção significativa com o lançamento do aclamado filme Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007), dirigido por Tim Burton e estrelado por Johnny Depp. O sucesso do filme abriu portas para uma nova onda de filmes de horror musicais, como Repo! The Genetic Opera (2008) e A Noiva Cadáver (2005), ambos com elementos de horror e música.
Explorando temas através da música
Uma das razões pelas quais os filmes de horror musicais têm conquistado um público fiel é sua capacidade de explorar temas profundos por meio da música (inclusive, gostaria de interromper a sua leitura por um momento e solicitar que a queridíssima Kim Petras providencie a terceira parte do aclamado Turn Off The Lights). Através das letras e das performances musicais, esses filmes abordam questões como a natureza humana, o amor, a vingança e a loucura. A música oferece uma forma única de expressão, permitindo que os personagens revelem seus pensamentos e emoções de maneira intensa e dramática.
O Renaissance do horror musical
(Renascimento, obras visuais, hummmm, Beyonce, algo a dizer?)
Nos últimos anos, os filmes de horror musicais têm desfrutado de um renascimento (Cadê os visuais Beyonce?) significativo. Produções como Anna e o Apocalipse (2017) e A Lenda de Candyman (2021) têm conquistado críticas positivas e atraído um público diversificado. Esses filmes combinam os elementos assustadores do horror com números musicais contagiantes, resultando em uma experiência cinematográfica única e memorável.
Um dos exemplos mais notáveis desse renascimento (Cadê os visuais Beyonce?) é o filme A Lenda de Candyman. Dirigido por Nia DaCosta, o longa-metragem é uma sequência direta do clássico de horror de 1992, mas adiciona uma camada musical à narrativa. A trilha sonora arrepiante e as canções originais contribuem para a atmosfera sinistra do filme, enquanto as letras e melodias transmitem a história e os temas subjacentes de maneira impactante.
Outro exemplo é Anna e o Apocalipse, uma comédia musical de horror ambientada durante um apocalipse zumbi. O filme combina elementos de comédia romântica, horror sangrento e números musicais enérgicos. As canções cativantes e coreografias elaboradas contrastam com o cenário pós-apocalíptico, criando um contraste interessante que mantém os espectadores envolvidos e surpresos.
Apesar dos exemplos citados anteriormente vou aproveitar o bate papo, listando 3 filmes essenciais para conhecer o gênero mais a fundo:
Cannibal! The Musical (1993) – Trey Parker
Até o presente momento, meu favorito do gênero! Ideal para assistir com a família no almoço de domingo à tarde ** contém ironia PESADA igual o filme**
Onde ver? No momento, o filme não está disponível nas plataformas de streaming.
The Wicker Man (1973) – Robin Hardy
O querido me traumatizou profundamente, tenho uma certa sensibilidade com o tema, nunca entendi o porquê de me afetar tanto, mas de toda forma considero ele uma obra de arte sem contestações, e bonito e perturbador tal qual o queridinho da nova geração: Midsommar, tanto Hardy quanto Aster me devem alguns “vale terapia”.
Onde ver? O filme está disponível atualmente no Oldflix.
The Lure (2015) – Agnieszka Smocznska
Porta de entrada ideal para TODOS que querem conhecer as maravilhas do cinema polonês, com um filme/musical redondo cheio de tons cinza e cenas que NUNCA vão sair da sua mente. O único defeito e desenvolver a ideia em um BAR, eu SONHO com uma nova versão da trama explorada em circos antigos, quem não amaria ver sereias em um show de horrores?
Onde ver? No momento, o filme não está disponível nas plataformas de streaming.
Bons sustos (risos) <3