Que tal uma seleção de cinco clipes nacionais para você dar uma olhada?
Abrindo a lista, temos Alhocca e a sua busca pela cura através do single “Sem Tempo Para Brincar”. A canção, criada como uma forma de questionar os padrões sociais, ganha novos contornos com seu vídeo, um registro urgente e grandioso que mostra uma sociedade distópica e opressora, onde só a solidariedade e a sororidade podem ser modos de superar as dores.
“O vídeo apresenta um enredo que mergulha nos loopings caóticos que nos encontramos presos no dia a dia. Ele transmite a ideia de que as coisas estão se deteriorando e piorando gradualmente”, revela. “O núcleo principal do enredo aborda as relações de poder, destacando as pessoas que entram em esquemas fragilizadas, aquelas que são usadas e prejudicadas constantemente por não conhecerem as regras do jogo, e as que, conscientes das regras, se apropriam de esquemas sujos sem se importar com as consequências”, reflete a artista.
Natural de Brasília e com raízes nordestinas, Alhocca é cantora, compositora, dançarina e modelo. Com uma pegada pop lo-fi, a artista tem lançado singles que promovem liberdade e empoderamento. “Sem Tempo Para Brincar” está disponível nas principais plataformas digitais.
Os diferentes modos de amar alguém é o ponto de partida para a Canto Cego em seu novo single, “Fica Comigo”. Após trazer o peso e a política no single “Farsa (Alvorada)”, a banda carioca antecipa seu terceiro disco mostrando a coragem que é estar vulnerável.
“Essa música nos acompanha há um tempo nos ensaios de criação, e surgiu de uma necessidade de acolhimento, de sentir distante as pessoas que estão no nosso convívio mais próximo. Lançar no mês dos namorados faz todo sentido pra nós porque ela traz essa vontade de estar junto de quem a gente ama. Independente se é uma relação romântica ou não”, reflete a vocalista Roberta Dittz. Além dela, a banda conta com Rodrigo Solidade (guitarras), Ruth Rosa (bateria) e Magrão (baixo).
Já disponível nas plataformas digitais, “Fica Comigo” chega acompanhada de um clipe e conta com a participação especial de Pedro Guinu, um dos destaques da cena de jazz do Rio.
O primeiro contato com a cidade de São Paulo pode causar um choque em quem vem de outras cidades e essa é a temática de “Cuidado!”, novo single de dadá Joãozinho.
Lançada no dia 05 de junho, a novidade chega acompanhada de um clipe e mostra um pouco da pluralidade do artista, nascido em Niterói. Com referências em Talking Heads, Itamar Assunção, Bob Marley e Chico Science, a faixa aborda um pouco das vivências pessoais e sensações do artista ao se mudar para São Paulo em 2021. “Fiquei muito instigado quando cheguei aqui, numa realidade completamente diferente da que eu estava habituado. Essa música fala sobre cuidado de forma ampla, fazendo relação com o trânsito, o movimento, sobre os perigos na cidade que nos atraem. Mas a mensagem principal é sobre afeto, amor; ser mais afetuoso refletindo sobre o que é carinho e cuidado numa relação”, comenta.
Todo o conceito de “Cuidado!” é expandido em seu clipe, que ganha um olhar mais aguçado sobre a questão urbana não apenas por ter um carro como cenário principal, mas também por aproximar ainda mais o artista de suas aspirações nos meios do audiovisual e da atuação. “O teatro faz parte do meu dia a dia aqui em SP, estou trabalhando devagarzinho pra propor cada vez mais em audiovisual; o clipe deixa isso claro. Eu sabia que pra essa música eu queria um clipe com um carro, que seria o lugar onde tudo estaria acontecendo. O carro sintetiza a mensagem, como meio de transporte e como lugar de intimidade. Levei isso pro Marcus RF e desenvolvemos o roteiro juntos. Eu joguei a isca e ele pegou!”, explica.
“Cuidado!” abre os trabalhos do álbum tds bem Global, que chega em agosto. Este é o primeiro registro solo de dadá Joãozinho desde os projetos de seu coletivo ROSABEGE.
Isaddora é uma artista que se importa com o amor e isso fica claro em seu mais novo single.
Após lançar a faixa “Fio a Fio”, na qual a cantora enaltece de forma leve a beleza da capacidade de amar a si mesmo e ao outro, a mineira dá continuidade a essa proposta com “E Sendo Amor”, que ganhou o mundo no último dia 12 de junho.
“Essa música chegou num dos momentos mais felizes da minha vida, que foi bem no início do relacionamento quando minha esposa me pediu em casamento. ‘E Sendo Amor’ vem como um desabafo de toda a felicidade que eu estava sentindo porque foi a primeira vez que eu me senti livre num relacionamento, sem amarras. É uma música que fala sobre a liberdade que o amor te dá, fala do amor de uma forma romântica e solta, mas sobretudo, é sobre sentir-se livre dentro do amor. Porque o amor de verdade não aprisiona e não te deixa dúvidas”, conta Isaddora.
Com uma pegada mais dançante e enérgica, a faixa abraça estilos pop de nomes como Lady Gaga, Madonna, Ludmilla e Marina Sena. “Queria uma música que as pessoas não conseguissem ficar paradas. A ideia era ter uma batida que eu pudesse soltar todo o meu corpo e que simbolizasse o fervilhar que dá no coração quando a gente se apaixona”, explica.
Já disponível em todas as plataformas digitais, “E Sendo Amor” chega acompanhada de videoclipe, em que Isaddora aborda o amor ao passo que escancara a militância, não apenas em seu lugar enquanto mulher lésbica, mas também sob o ponto de vista de outras siglas pertencentes à comunidade LGBTQIAP+.
Mesclando MPB, rap e música alternativa, a cantora e compositora Mayah faz o ouvinte mergulhar em paixões envolventes e cotidianas no single “Esquinas”. A faixa antecipa o EP de estreia da artista, Venusiana, que propõe uma busca do feminino com muita poesia.
“’Esquinas’ é a canção que inicia a jornada afetiva de Venusiana. Traz como cenário a rua, esse lugar de passagem cotidiana, mas que também é uma travessia de possibilidades, dentre elas, surpresas, inesperados, momentos de contemplação, abstração e espera – e aí que entra o afeto como via de transmissão – o encontro com aquilo que se contempla, que se deseja sem a necessidade de limitar, mas permitir que o outro seja para mim de forma espontânea e que eu seja para além das fronteiras do meu próprio corpo”, reflete a artista.
Multiartista e psicóloga social, Mayah nasceu e cresceu em Pérola D’Oeste, no interior do Paraná. Sua jornada artística começou aos 6 anos de idade, quando ela começou a participar de festivais de música, coral e apresentações com o Grupo Jovem de Música Sacra, no sudoeste do Paraná.
Atualmente, ela está trabalhando na produção de seu primeiro EP, que será lançado em 2023. O projeto conta com o apoio do Fundo Municipal de Cultura de Curitiba e da EBANX. “O conceito de ser um EP que traz como nome Venusiana é justamente em alusão ao arquétipo de Vênus enquanto um planeta, uma deusa, um estado de espírito em ebulição de amor e prazer, mas não se limita à carne, traz com ênfase o estado criativo, contemplativo através dos prazeres do amor, a si, ao outro, ao coletivo e quão desse amor é potência revolucionária. Por isso, essa é uma história contada em 5 diferentes videoclipes dirigidos por mulheres”, conta ela.
Com produção musical de Brasileiro e direção audiovisual de Bruna Thimoteo Freitas, “Esquinas” está disponível em todas as plataformas de streaming e o clipe pode ser visto abaixo.