Belo Horizonte está com bons festivais de música e isso a gente já sabe. Mas o que a gente talvez não saiba é que a qualidade destes eventos estão cada vez mais absurdas e não foi diferente com o Festival Sarará, que aconteceu no dia 27 de agosto, no Mineirão.
Eu senti aquilo literalmente tremer e foi absurdo, sabe? Rebecca tocou o terror no Palco Paredão logo de inicio e, com um carisma surreal, foi uma delicia ver ela se jogando para o público e eles derretidos por ela. Inclusive, parece que aquele palco estava pequeno demais para a magnitude e o carisma da carioca.
Saí dali revigorado e pronto para presenciar a Karol Conká no mesmo palco alguns minutos mais tarde e digo praticamente o mesmo: aquilo estava pequeno! Karol teve uma troca de energia, que ficou nítida pela felicidade da mesma. O público fiel botou a garganta pra jogo e se jogou. Um detalhe que me chamou atenção são as cores dos looks propostos pela Karol e pela Rebecca. Cores vivas e chamativas, que dava para ver de longe o que era feito.
Logo depois veio Marina Sena, essa que tocou no Palco Jameson e meus amigos…. a sensualidade, a alegria e o carisma da Marina me cativaram muito. Uma multidão gritava em plenos pulmões todos os hits da cantora e achei aquilo extremamente mágico.
Precisei de um descanso porque sabia que o que ia me esperar mais tarde e foi dito e feito. Pabllo Vittar e Urias foram gigantes no Palco Amstel e provaram por A+B que são artistas completas. E foi difícil inclusive entrar no front-stage porque os fãs fervorosos achavam que estávamos tentando roubar os lugares na grade.
Foi uma experiência animal ver duas artistas do porte delas entregar um trabalho tão grandioso e tão bem feito. Por um momento, tive um pouco de problema de ouvir o que estava sendo cantado porque o publico estava cantando em níveis muito mais altos. Eu já tinha noção do poder de PV e Urias, mas não imaginava que seria acima do esperado. Inclusive, antes de subir, encontrei Urias no backstage, foi um doce e provou que mineiros tem esse sangue acolhedor desde sempre.
O sol e a exaustão me pegaram de jeito e só tive forças pra acompanhar o finalzinho do Especial Elza Soares e o inicio do show da Gloria Groove. Queria ter tido mais disposição para assistir o Especial, mas fui vencido pelo cansaço. O Sarará literalmente não é para os fracos.
Finalizei a noite vendo o espetáculo que é Gloria Groove. A grandona passou um show impecável e sem medo para a multidão que entregou tudo de volta a ela. Inclusive fiquei surpreso em ver que ela fez a performance do Lud Sessions com a Ludmilla ali no palco. Um misto de alegria tomou conta do público que ficou tão surpreso quanto eu.
O Sarará foi um festival organizado, não teve problemas com fila ou banheiros, bem sinalizado aos PCDs e tinham placas que informavam os setores certos. No entanto, tivemos diversos relatos de pessoas que tiveram seus objetos furtados dentro dos setores mais caros.
Que venha 2023 com uma edição ainda melhor, com mais segurança um line-up mais cabuloso.
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