Pra quem não é muito familiarizado com a música eletrônica, o IDM pode soar como algo desconhecido. O estilo, que quer dizer Intelligent Dance Music, ganhou espaço na década de 90; nomes como Aphex Twin, Boards of Canada e the Black Dog popularizaram o gênero na cena alternativa.
Aliás, falando na cena alternativa, ela continua lançando ótimos nomes do IDM; entre eles está o KOI Charge, de Budapeste, Hungria. O projeto mantém a tradição do gênero em lançar artistas com sonoridades experimentais e surpreendentes.
O que faz do KOI Charge interessante?
O projeto é um conjunto formado por produtores de música eletrônica e liderado por Gergely Buttinger. Ele é um músico que cresceu tocando instrumentos, enquanto escrevia música para videogames, filmes e animações. Além disso, os outros músicos que participam do KOI Charge geralmente são convidados.
A influência de toda uma vida de Buttinger é o ponto central do KOI Charge. Até por isso, há um forte sentimento de nostalgia, com as várias combinações de gêneros e memórias. Além das trilhas sonoras de games dos anos 90, o KOI Charge trabalha bastante com o trip-hop, o techno e até mesmo o hip-hop. O resultado dessa mistura? Melodias extremamente passionais, camadas sonoras sombrias e um instrumental que se baseia em pequenos ruídos, entregando uma experiência profunda ao ouvinte.
Vale a pena conhecer!
Apesar de todas as canções se basearem nessas técnicas, cada uma tem uma história para contar. Parece que cada uma habita em um universo específico. O som é bastante expansivo, percorrendo por diversos sentimentos. Para se ter uma ideia, seu disco de 2019, Soundtrack for Traveling, é exatamente o que o título anuncia: uma trilha sonora para viagem. Assim, temos canções utilizadas para “sonhar” e até mesmo para se escutar de madrugada, como a belíssima “Fourth (Midnight)”.
O seu registro recém-lançado, Move On, é outro que merece destaque. O álbum conta com 12 faixas, e assim como nos outros lançamentos, trabalha com diversas atmosferas sonoras. Destaque aqui para “Last Days”, faixa de abertura. A canção conta com uma dança de sintetizadores, batidas e outros barulhos mínimos.
É importante ressaltar também que o grupo se pauta na música instrumental; então, apesar de ser da Hungria, um país com uma cultura tão diferente, o som é algo bastante universal, que conversa com qualquer um que o escuta.
Com essa explicação, fica claro como o KOI Charge consegue soar como algo completamente inovador na sua essência. Por isso, vale muito a pena conhecer o trabalho do grupo húngaro! Tenha certeza que eles são uma boa porta de entrada para o IDM e também para quem quer se aproximar de uma música eletrônica mais bem construída e elaborada.