O duo paulistano Atalhos, composta pelo vocalista Gabriel Soares e o guitarrista Conrado Passarelli, voltou com tudo mergulhando de vez no dream pop.
Seus dois últimos singles, “Mesmo Coração” e “A Tentação do Fracasso”, faixa-título do próximo álbum, foram lançados em setembro e dezembro de 2020, respectivamente, dando um gostinho para os fãs do que está por vir. O novo álbum será lançado em 2021 pelo selo Scatter Records, de Buenos Aires.
A banda já é conhecida pelo público pela suas referências literárias, que foram o que me chamaram a atenção quase por acaso nas redes sociais que eles alimentam com conteúdos de indicações de leituras. Foi a partir de uma foto em que o Gabriel Soares, vocalista da banda, apresenta um texto do Sartre chamado O Existencialismo é um Humanismo (o texto que provavelmente mais marcou minha vida e que conheci durante um período estudando filosofia francesa na faculdade) que eu quis conhecer o som. E assim, num estalo, virei fã, ouvi a discografia várias vezes e decorei as músicas viciantes da banda.
Fiquei admirada pela consistência nas composições e pelas menções a escritores e personagens de obras clássicas e contemporâneas. É possível encontrar em meio às músicas o escritor romano Ovídio, o romancista francês Proust, o filósofo Sartre, a grande escritora Sylvia Plath, o dramaturgo Molière, Franz Kafka (quem não dou conta de adjetivar), além da menção ao cineasta francês Leos Carax – que entre seus filmes talvez o mais famoso e um dos meus preferidos seja Os Amantes da Ponte Neuf, protagonizado pela brilhante Juliette Binoche. Além disso, há referências a outros escritores com quem eu não estava tão familiarizada, como o argentino Ernesto Sabato e o chileno Roberto Bolaño. Qualquer fã de literatura se deliciaria em ver essas inspirações transformadas em música.
O single “A Tentação do Fracasso”, lançado em dezembro de 2020, também traz uma referência literária e é homônimo ao diário do escritor peruano Julio Ramón Ribeyro. A música surgiu de uma reflexão do vocalista Gabriel Soares sobre o trecho “Los artistas jamás se equivocan, ellos solamente fracasan”. “Depois dessa frase, todo um novo universo se abriu, me ajudando a encontrar as melodias e as ideias não só para essa faixa, mas para o restante do álbum”, ele comenta. Inclusive, o single ganhou uma live-session incrível que você assiste abaixo. É evidente o cuidado e a dedicação que foram colocados na produção do novo álbum, que traz uma estética sonora oitentista, com ecos, sintetizadores e uma batida mais pop. Tanto que o single “Mesmo Coração” foi mixado Estúdio Panda, em Buenos Aires, com o uso de uma mesa analógica vintage API dos anos 70.
Por conta desse amplo e fértil universo criativo que envolve a produção da Atalhos, chamei o Gabriel pra contar mais sobre tudo isso e sobre o que podemos esperar do novo disco. Confira!
As 15 perguntas que fiz para Gabriel Soares
Curiosa com essa nova fase da Atalhos, que tem trabalhado com muita gente f*da da produção musical, e com todo o universo que engloba as inspirações do duo, fiz 15 perguntas que o Gabriel foi um anjo em responder. A entrevista você confere na íntegra:
1) A literatura dialoga com as referências estéticas musicais da Atalhos em quais sentidos? Vocês acreditam que a intertextualidade é essencial para a criação artística hoje, ou essa é uma escolha pessoal?
A gente tenta colocar as referências de forma bem natural e, sobretudo, colocar obras que realmente tenham a ver conosco, ou seja, livros que gostamos, filmes que significam muito pra nós. Nenhuma referência é pensada como oportunidade para parecer cool ou cult, mas simplesmente funciona como um meio que encontramos para homenagearmos obras que nos inspiraram e que foram fonte de estímulo onde bebemos e depois criamos as nossas próprias obras.
Não acho que essa intertextualidade seja essencial para a criação artística, muitas bandas simplesmente fazem ótimas músicas sem dialogar abertamente com outras artes. No nosso caso é realmente uma escolha pessoal e, mais do que isso, uma forma de compartilhar o entusiasmo que temos por certas obras da literatura e do cinema com o nosso público. Sabe aquela sensação de quando você assiste um filme que mexe com você, ou quando lê um livro e fica com vontade de indicar pra alguém que você gosta? É mais ou menos isso, e aí aproveitamos as letras das músicas, as entrevistas e no caso do cinema a diversão acontece quando vamos gravar videoclipes, hehehe.
2) Os primeiros álbuns de vocês tinham uma pegada mais folk, e com o último, Animais Feridos, já há um flerte com o dream pop. Como vocês avaliam essa transição? Sentem que tempos difíceis como o que estamos vivendo pedem por uma estética mais onírica como o dream pop?
O Animais Feridos funcionou como um disco híbrido, que ainda guardava muito do universo folk do “Onde A Gente Morre”, mas foi somente na composição e gravação desse nosso próximo disco, A Tentação do Fracasso, que mergulhamos de vez nesse universo mais onírico do dream pop. Acredito que foi um movimento natural, que tem muito a ver com artistas que estávamos ouvindo na hora dessa composição, e com um desejo antigo de criar algo novo e sair da nossa zona de conforto.
Os tempos de hoje pedem um tipo de arte mais onírica, sim, que nos ajude a escapar da realidade e mergulhar em abstrações como uma maneira de enfrentar o real. Quando estávamos trabalhando na composição, gravação, mixagem e finalização do disco ainda não tinha acontecido a pandemia e nem podíamos imaginar o que viria, mas só lançamos o primeiro single desse disco durante a pandemia e, de uma certa forma, ele dialogou bastante com esse período que nós ainda estamos vivendo, como uma espécie de sonho louco, né?
3) Como estão os planos para o lançamento do novo álbum? Vocês sentiram muita dificuldade com a pandemia, ou acham que a internet ajudou de alguma forma?
No final de fevereiro de 2020 eu estava saindo do Sterling Sound em New Jersey com o disco masterizado debaixo do braço, só que aí semanas depois veio o lockdown, a pandemia, enfim. Tivemos que alterar todos os planos de lançamento, mas isso foi algo positivo pra nós, porque pudemos pensar e trabalhar com mais calma todo esse cronograma, conseguimos trazer mais gente para o projeto, assinamos com o selo argentino Scatter Records, enfim, esse tempo extra que a pandemia gerou acabou sendo positivo ao menos nesse sentido de entregar mais tempo para melhorar nosso planejamento.
4) Vi que vocês são fãs de Charly García e Spinetta, dois músicos espetaculares da Argentina mas que, no Brasil, não são muito comentados. Vocês têm um palpite sobre o porquê de nomes como eles passarem batido por aqui? Acham que a América Latina deveria se unir mais sonora e artisticamente, ou a beleza está nessa diversidade (e, consequentemente, em certo abismo)?
Acho que a questão das línguas acaba sendo a principal dificuldade. Apesar de serem irmãs, o espanhol e o português têm muitas sutilezas que muitas vezes não são tão simples de compreender para quem não fala as duas línguas. Também há pouco movimento no sentido de romper essa barreira, infelizmente. Isso faz com que muitos artistas que são lendas em qualquer país na América espanhola passe quase que totalmente despercebido aqui no Brasil e vice-versa.
Nós temos um desejo muito claro de estreitar essa relação com os países latinos e nesse disco vamos ter, pela primeira vez, uma música também com trechos em espanhol justamente na tentativa de estreitar esse laço. O nosso selo, Scatter Records, é de Buenos Aires. Enfim, nós estamos nos movimentando nesse sentido para que o nosso disco possa atingir esse público latino também, e não apenas o público brasileiro. Com certeza a América Latina deveria ser mais unida e estou confiante que vai ser, não só artisticamente, mas vamos voltar a estar mais unidos também politicamente. É uma tendência natural, somos irmãos.
5) Qual o papel da Argentina (e de outros países latino-americanos) na trajetória artística de vocês?
Bom, tem um papel muito concreto realmente. Quando eu tinha dezoito anos e consegui tirar a carta de motorista, convidei o Conrado (guitarrista) e mais dois amigos para uma viagem ao sul. Disse a eles que iríamos até Porto Alegre, no máximo, conhecer uma região que ainda não conhecíamos. Mas eu menti. Eu queria chegar a Buenos Aires, sempre foi meu plano, hahaha.
Depois de cinco dias seguidos na estrada, enfrentando os maiores perrengues que você pode imaginar, finalmente desembarcamos do buquebus no Puerto Madera em Buenos Aires, e depois passamos pelo guarda que nos perguntou se estávamos cientes daquela aventura: entrar em Buenos Aires numa época que não tinha Google Maps, não tinha Waze, nem tínhamos celular com internet, pra se ter uma ideia. Tampouco sabíamos falar espanhol. Mas fiz o sinal de positivo pro guarda e então ganhamos as avenidas da capital argentina pela primeira vez, e enquanto procurávamos um hotel todo um sentimento novo, fresco e estimulante surgiu com as luzes daquelas avenidas largas, aqueles prédios lindos de arquitetura francesa, todo um impacto visual completamente novo pra nós, tudo aquilo nos marcava e desde então Buenos Aires se tornou uma paixão.
Todos os demais países da América Latina nos interessam, especialmente quando é possível percorrer o nosso continente por terra. Você vai entendendo a conexão que temos com essas terras que também são nossas. Mas o país que mais fala ao nosso coração realmente é a Argentina, talvez por causa dessa primeira experiência.
6) Sobre a pandemia, quais foram as principais crises existenciais, reflexões e pensamentos que passaram na sua cabeça? O quanto a experiência do isolamento mudou seu fazer artístico?
Não houve crise existencial, mas uma oportunidade existencial de ler mais livros, de mergulhar mais na profundidade das coisas, colocar a prova o quão pacificada estava a relação minha comigo mesmo. Então não posso dizer que foi algo ruim nesse sentido, ao contrário. Mas claro que a pandemia é algo terrível e que está durando muito mais tempo do que qualquer um foi capaz de imaginar. Gosto de um trecho do Assim Falou Zaratustra que o Nietzsche aconselha: “foge pra tua solidão, já ficaste tempo demais no meio dos pequenos!”. Acredito que já tivemos esse tempo pra fugir pra nossa solidão, hehehe, já ficamos tempo demais na montanha, e está chegando a hora de descer outra vez. Acho que com a pandemia ficou claro que não serve de nada fugir de si mesmo, e que as pessoas que sempre se enfrentaram e tiveram uma relação pacífica consigo mesmo souberam atravessar com mais calma esse momento de “isolamento”.
7) Sobre a vivência no interior de São Paulo, como isso influenciou vocês? Existem traços regionais que levam para as canções?
Sim, com certeza. No campo das artes e da música em geral, viver no interior é sempre estar à margem, na periferia. A gente cresceu nos anos 90, numa cidade que não tinha cinema, a internet era discada e estava engatinhando, a maior oportunidade de ouvir as bandas que mais gostávamos era durante o mês de julho quando, numa exposição de gado na cidade vizinha, reservavam um dia da semana para um show de “rock”. Era a nossa maior oportunidade de ver bandas que escutávamos e que fazíamos covers.
Existia também um sentimento de revolta e de rebeldia justamente porque éramos os “diferentes” da cidade que só ouvia sertanejo. Qualquer um que tinha cabelo comprido já era considerado gay ou drogado. Assumíamos isso com orgulho e nossas primeiras músicas refletiam sempre essa rebeldia contra a sociedade local. Mesmo depois que passamos a morar em São Paulo, quando viemos fazer faculdade, esse sentimento marginal sempre esteve presente e eu vejo nisso algo positivo, que entregou autoestima e consciência da própria força que nos deixavam confiantes, sem precisarmos pagar pau para os “caipiras da capital”.
8) A Atalhos fez muitas parcerias bacanas com outros músicos ao longo dos anos. Conta pra gente um pouco sobre como foi isso?
Quando estávamos gravando aqui em São Paulo, no estúdio do Alexandre Fontanetti (que é como um padrinho musical nosso, gravamos com ele desde o Onde A Gente Morre) comecei a pensar em buscar alguém de fora para fazer a mixagem. Comecei a investigar muito, procurar produtores que tinham feito discos que eu havia escutado recentemente e que eu havia gostado. Aí cheguei nessa banda chilena, The Holydrug Couple, e pesquisando vi que o Ives, que canta na banda, havia produzido por conta própria esses discos. Consegui o contato dele no Instagram e contei sobre o nosso disco, perguntei se podia mandar umas demos pra ele ouvir e ver se se interessava pelo projeto. Ele ouviu e gostou bastante, fechamos a parceria e então ele se tornou um grande amigo.
Quando terminamos de gravar tudo aqui em São Paulo, fui pra Santiago e passei quase um mês lá trabalhando com ele nesse material, gravamos várias coisas lá, especialmente sintetizadores e teclados. Foi ótimo porque era justamente o que eu precisava e queria, ou seja, tirar a banda da zona de conforto, trazer alguém novo, de fora, que me ajudasse a levar o som da Atalhos a outro universo, e nesse sentido o Ives foi fundamental. Depois de toda a produção fechada, nós levamos o material pra mixar em Buenos Aires, no estúdio Panda, um lugar clássico onde vários nomes importantes da música argentina já haviam gravado, como Soda Stereo, Fito Paez, o próprio Charly Garcia, etc. E depois da mixagem tivemos a ideia ambiciosa de tentar fazer a masterização com o Greg Calbi, esse engenheiro de som que é tipo uma lenda viva da masterização. Ele masterizou os últimos discos do Tame Impala, do The War on Drugs, enfim, alguém que certamente iria entregar esse selo de qualidade também que buscávamos. E no final conseguimos masterizar com ele e foi uma experiência fantástica também.
Todos esses movimentos de buscar soluções fora do Brasil nos ajudou a aprender muito também como músicos e a compreender melhor todas as etapas de produção de um disco. Foi um aprendizado maravilhoso.
9) Como foi o começo da banda e como sentem que essa trajetória mudou ao longo do tempo?
De uma forma resumida, como disse, começamos no interior fazendo covers de artistas que a gente ouvia na rádio rock pirata que existia na época. Havia um lugar em Birigui que demos o nome de “Quadra” e era o nosso local de ensaio. Toda sexta-feira tinha ensaio geral e muitos amigos e amigas iam até lá para acompanhar os ensaios. Passamos a criar as nossas próprias canções até que deixamos de fazer covers. Mudamos para São Paulo e decidimos gravar nosso primeiro EP (Mocinho e Bandido) que saiu em 2008.
Em 2012 lançamos o nosso primeiro disco (Em Busca do Tempo Perdido) e tivemos a sorte de ficarmos amigo do Marcelo Bonfá, bateria da Legião Urbana, e ele fez um desenho que usamos na capa desse disco. Também fizemos um show de lançamento do disco em Birigui com ele (Bonfá), e aproveitamos pra tocar algumas músicas da Legião também. Foi um momento muito especial esse de poder dividir o palco com alguém cuja banda a gente escutava muito e fazia covers na adolescência. Depois lançamos o Onde A Gente Morre, em 2017 veio Animais Feridos, nesse meio tempo conhecemos muita gente aqui em São Paulo, abrimos contato com vários artistas, começamos a ter destaque na mídia especializada, enfim, tudo bem devagar, mas aos poucos as coisas começaram a acontecer, subindo os degraus bem devagarinho. E agora estamos aqui trabalhando a divulgação desses primeiros singles do nosso próximo disco.
10) Sobre literatura, o que você anda lendo?
Agorinha mesmo estava lendo Torto Arado, esse fenômeno editorial do Itamar Viera Junior, e confesso que me surpreendi. Estou gostando muito. Tenho lido as cartas do Albert Camus com a Maria Casares para treinar meu francês. Terminei recentemente dois livros autobiográficos da Simone de Beauvoir. E na filosofia tô encarando meu primeiro livro do Kant, A Crítica da Razão Pura.
11) Sente que escrever música é um exercício de autoficção?
Eu estou terminando meu livro novo que já venho escrevendo há três anos e ele é quase como se fosse um diário, sem ser diário. Eu sempre escrevi autoficção e acho que a minha literatura é carregada disso. Na música eu diria que é o lugar onde eu consigo escapar um pouco do meu eu e inventar histórias, inventar paisagens sonoras e personagens que não tem muito a ver comigo. Mas nesse disco novo eu acho que coloquei bastante coisa de mim, como em nenhum outro disco, e portanto podemos dizer sim, que escrever música pode ser também um exercício de autoficção.
12) Quais são as três maiores influências musicais da Atalhos hoje?
Escutamos muita coisa, muita coisa mesmo. E compreendemos a necessidade de estar sempre fazendo esse trabalho de investigação das referências para nos ajudar a criar o nosso próprio som hoje em dia. Eu poderia citar The War on Drugs, Destroyer e Kurt Vile como três artistas que ouvimos muito hoje em dia, mas também investigamos muito o que artistas do indie latino estão produzindo e estamos descobrindo muitas bandas novas interessantes.
13) Existe alguma referência estética, pode ser qualquer coisa mesmo, que vocês buscam trazer para a banda atualmente?
Primeiro, sempre vem a questão da sonoridade, né, que é o nosso maior foco de atenção desde o início, essa busca para atingir uma nova sonoridade, criar algo autêntico e original dentro das nossas referências. Mas também estamos, mais do que nunca, buscando unir todo o nosso conceito artístico com o visual, seja nas capas dos singles e do disco, nas fotos de divulgação, nos videoclipes. Entendemos que essa “imagem” é fundamental e procuramos deixar toda a nossa obra de maneira equilibrada e coerente cuja representação se faz imediata em todas as formas das artes que divulgamos. Por isso gostamos de trabalhar com a mesma equipe a longo prazo, com as meninas que cuidam dessa identidade visual, a Tata Leon e a Thata Jacoponi, o José Menezes que sempre trabalha com a gente nos vídeos, várias pessoas que gostamos de trabalhar a longo prazo justamente para gerar essa coerência estética.
14) Fala um pouquinho pra gente sobre a sua relação com a Filosofia e sobre como trazem isso para as produções!
Isso dá um papo longo e bom! Eu me identifico muito com a filosofia existencialista no sentido de que devemos construir a nossa existência, e acredito, como diz Michel Onfray, que os filósofos pré-socráticos eram todos existencialistas se levarmos em conta que a filosofia para eles era justamente essa construção pessoal, fazer da própria vida uma obra filosófica, fazer da própria existência uma obra de arte. Isso é fundamental e é algo que eu pratico muito e acredito que o Conrado também esteja de acordo. Estar produzindo, criando canções, gravando discos, investigando e construindo arte é uma maneira de ilustrar a nossa existência, uma forma de construção pessoal: fazer com que a nossa vida seja a nossa obra.
15) E pra fechar, se você pudesse dividir um palco, ler um livro e tomar alguma coisa com com 3 artistas, respectivamente, quem seriam e por quê?
Gostaria de dividir uma noite no camarim com o Charly Garcia do começo dos anos 2000. Um café com a minha amiga Simone de Beauvoir e uma cachaça num almoço de domingo com o Lula, que pra mim também é um artista. Por que? Por razões óbvias, são pessoas que eu quero muito.
Ficou curioso para conhecer mais sobre a banda? Siga a Atalhos nas redes sociais e bora esperar pelos próximos capítulos dessa história musical. Me conte nos comentários se você achou mais alguma referência literária nas músicas deles!
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