Não é novidade para ninguém que existem divergências criativas no System Of A Down e, ainda que a banda tenha lançado faixas inéditas recentemente, isso ainda não foi resolvido.
Em uma entrevista ao programa de Zane Lowe na Apple Music, o vocalista Serj Tankian e o baixista Shavo Odadjian falaram um pouco sobre os últimos anos da banda. Durante o papo, Serj voltou a abordar, ainda que de forma indireta, questões internas do quarteto.
Quando questionado sobre o que sentiu com o lançamento de “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”, o vocalista foi direto. “Estou muito orgulhoso do que fizemos. Foi muito bom”, afirmou. “O futuro é invisível. Veremos o que acontece. A vibração é muito positiva. Contanto que estejamos na mesma página, nós pode continuar fazendo coisas, se estivermos na mesma página”, completou Tankian.
Mesmo tendo colocado ponto final em uma espera de quinze anos por material inédito, o trabalho em canções inéditas segue nebuloso por conta de pensamentos diferentes dos integrantes, sobretudo Serj e o guitarrista Daron Malakian, sobre a forma de se criar músicas.
Apesar disso, existe um lugar onde o System Of A Down se sente bem: fazendo shows. Ainda que as turnês recentes tenham sido desgastantes, o palco parece ter se transformado em uma zona de conforto para o quarteto. “Para mim, pessoalmente, tornou-se cada vez mais difícil fazer uma turnê fisicamente. Na verdade … os shows são os melhores. Eu gostaria de poder fazer shows no mesmo lugar. Mas a viagem chega até você fisicamente e não estamos ficando mais jovens. Esse tipo de coisa, é uma parte para mim, para ser honesto. Mas eu amo totalmente fazer turnê”, pontuou Tankian.
Lançadas de surpresa em novembro do ano passado, “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz” ganharam o mundo com o objetivo de apoiar uma causa beneficente: arrecadar doações para a região da Armênia e chamar a atenção para o conflito militar que ocorre no local.
A veia ativista de Serj Tankian tem sido documentada e, no próximo dia 19 de fevereiro, o vocalista lança Truth to Power, projeto que mostra todo o seu histórico de ativismo e o papel ocupado por ele durante a Revolução Armênia, em 2018.