Após quatro anos de espera, The Weeknd finalmente lançou o álbum sucessor de Starboy: tendo como influência as músicas dos anos 80, After Hours foi disponibilizado no dia 20 de março, emplacando as doze faixas no Top 20 do Spotify e acumulando cerca de 60 milhões de streams no dia seguinte ao lançamento, mostrando que o cantor se tornou um fenômeno no mundo da música.
Esse é o quinto disco de Abel Tesfaye, que iniciou sua carreira em 2011 ao lançar a mixtape House of Balloons. Desde então, ele vem demonstrando sua visão musical e artística em meio à trabalhos solo e com grandes artistas do cenário musical, como Daft Punk, Kendrick Lamar e Beyoncé.
Ou seja, ele já tem material o suficiente para que possamos discutir: qual é o melhor disco do The Weeknd? Aqui está uma lista dos trabalhos do cantor, ranqueados do pior para o melhor, que tenta dar uma resposta à essa questão.
8) Kiss Land (2013)
Kiss Land é um marco divisório na carreira de The Weeknd: se antes ele cantava sobre sexo e drogas envolto em um ar de mistério proporcionado pelo anonimato das três mixtapes que havia lançado até aquele momento, em Kiss Land ele tenta se encaixar no mainstream exigido por uma grande gravadora buscando manter a sonoridade que o levou até ali.
O resultado disso é um disco que soa como uma repetição tediosa das mixtapes lançadas anteriormente, apesar de ali nos depararmos com uma prévia do que viria a se tornar sua música alguns anos mais tarde. “Wanderlust” é o maior exemplo disso, mostrando a inspiração em Michael Jackson que se fortaleceria mais tarde em músicas como “Can’t Feel My Face”, do disco Beauty Behind the Madness, e I Feel It Coming, de Starboy.
7) My Dear Melancholy (2018)
My Dear Melancholy, escrito durante uma época em que Abel era assunto recorrente em sites de notícias devido ao fim de seu relacionamento com a cantora Selena Gomez, era o tão aguardado trabalho após dois anos de espera por novas músicas desde o lançamento de Starboy.
Talvez a grande expectativa criada para esse EP tenha estragado a experiência para seus novos ouvintes, que o conheciam pelos hits do disco Beauty Behind the Madness, e para seus antigos fãs, que esperavam algo novo e receberam algo que não passava de uma reciclagem do estilo musical utilizado nas mixtapes de 2011.
My Dear Melancholy, não apresenta nenhuma novidade ou música que saia do comum do que já conhecíamos de The Weeknd: é apenas uma continuidade de faixas onde ele faz declarações sobre o fracasso de seu último relacionamento público, mas dessa vez elas soam insossas, enquanto os instrumentais revisitam trabalhos anteriores de uma maneira pouco inovadora, como “Call Out My Name”, que traz uma grande semelhança com “Earned It”, música do Beauty Behind the Madness que foi usada também para a trilha sonora da franquia 50 Tons de Cinza. Pelo menos a produção, assim como em todos os outros trabalhos do cantor, é impecável.
ps.: haviam boatos de que My Dear Melancholy, seria o primeiro de uma série de três EPs, mas não se ouviu mais falar de qualquer continuação desde o seu lançamento, em 2018.
6) Echoes of Silence (2011)
Echoes of Silence é a mixtape que fecha a trilogia sombria criada por Abel Tesfaye (e que mais tarde viria a se tornar o Trilogy, disco que reúne os três trabalhos). E nada mais do que isso. Repetindo a sonoridade e o estilo dos trabalhos anteriores, a mixtape conta com um cover de “Dirty Diana”, música de Michael Jackson, que posteriormente se mostraria uma das maiores influências de The Weeknd.
Apesar de não apresentar nenhuma novidade, Echoes of Silence tem momentos ótimos como “Same Old Song”, parceria com o rapper Juicy J.
5) Starboy (2016)
Lançado após The Weeknd atingir o sucesso comercial com o Beauty Behind the Madness, Starboy tem indícios de uma crise de identidade: Abel não consegue se decidir se quer ser o popstar que escreve hits como “Can’t Feel My Face” e faz parcerias com cantores conhecidos como Ed Sheeran ou se quer se manter como o artista quase niilista que surgiu em 2011 junto com House of Balloons. Apesar do dilema, ele nunca renega sua recém adquirida fama ao enfrentá-lo: canta na faixa título que as pessoas o transformaram em uma estrela e faz piada por ter ganhado um prêmio infantil com uma música que fala explicitamente sobre o uso de drogas.
Starboy não é um disco que se pode chamar de ruim, mas existem músicas que poderiam facilmente ser eliminadas para que a duração não fosse tão comprida, a experiência de ouvi-lo fosse mais agradável e menos maçante. “Six Feet Under”, uma das duas parceiras com Future que mais parece uma reciclagem de “Low Life”, música anterior da dupla, é um exemplo disso. Porém, existem momentos brilhantes no disco, como as colaborações com Lana del Rey em “Party Monster” e “Stargirl”.
4) After Hours (2020)
O quinto disco de The Weeknd é a prova de que ele é um astro: quebrou recordes de vendas, manteve músicas por semanas no topo de Billboard e foi extremamente elogiado pela crítica especializada.
Inspirado em músicas dos anos 80, trazendo de volta sintetizadores, teclados e vocais semelhantes aos utilizados nas músicas da época, After Hours funciona bem até na sequência escolhida para as músicas. É como se elas se integrassem umas às outras, formando uma música gigante e incansável onde as faixas dançantes que podemos ouvir em discos mais recentes inspirados na música dos anos 80 foram deixadas de lado em nome de um disco mais concentrado e reflexivo, mesmo com a influência de seus melhores trabalhos anteriores ainda se mostrando: o clima lírico de êxtase e decepções amorosas proporcionado por House of Balloons, a semente oitentista plantada por Starboy e a excelência pop de Beauty Behind the Madness marcam presença sem nunca dominarem completamente as gravações.
Além do disco, The Weeknd criou também uma ambientação, inspirada em filmes como Cassino, de Martin Scorsese; Medo e Delírio em Las Vegas, de Terry Gilliam; e Coringa, de Todd Phillips; mantendo a cor vermelha predominante em todo material de divulgação e fazendo clipes que podem ser encarados como sequenciais.
Com esse disco, The Weeknd finalmente conseguiu relembrar seus trabalhos iniciais elogiados, juntá-los à uma sonoridade que foi resgatada por diversos trabalhos lançados em 2020 e, principalmente, mostrou que consegue fazer singles pop que tem a capacidade de ficar meses no primeiro lugar das paradas e tocar nas rádios por anos sem cansar o público sem acabar com a sensibilidade artística demonstrada em seus melhores trabalhos.
3) Thursday (2011)
Thursday pode ser encarado como uma sequência de House of Balloons: na mixtape, lançada apenas cinco meses após seu primeiro trabalho, The Weeknd evita a chamada “maldição do segundo álbum” enquanto segue cantando sobre relacionamentos destrutivos e festas intermináveis, usando sua sonoridade R&B característica, ainda sob a produção de Don McKinney.
O resultado é um trabalho tão bom quanto o anterior, ainda que menos inovador. Mesmo assim, a mixtape tem momentos geniais. “Life of the Party”, com sua letra um tanto quanto perturbadora se misturando à riffs de guitarra climáticos, que levam o ouvinte a imaginar os piores cenários possíveis para o cantor, é um deles, assim como “The Birds”, música dividida em duas partes onde Abel mostra um pouco mais de sua auto criada imagem de conquistador ao avisar para alguma garota não se apaixonar por ele utilizando um sample de “Sandpaper Kisses”, música interpretada por Martina Topley Bird que faz parte da trilha sonora do jogo Fahrenheit.
Thursday ainda conta com a parceria de Drake em “The Zone”, em uma época que ele não era uma das maiores personalidades do cenário musical e ainda fazia músicas de qualidade.
2) Beauty Behind the Madness (2015)
Beauty Behind the Madness é o disco que alçou The Weeknd ao estrelato: se antes ele não fazia parte das principais paradas musicais, agora ele tinha um disco no topo da Billboard Hot 200, um single – “Can’t Feel My Face” – que passou semanas no primeiro lugar da Billboard Hot 100 e uma música como trilha sonora de uma franquia cinematográfica de sucesso.
Apesar das letras menos profundas do que as dos trabalhos anteriores, The Weeknd mistura seu característico R&B às suas influências pop em músicas que contam com composições de Kanye West, Max Martin e Lana del Rey, acrescentando refrões memoráveis e criando músicas que, mesmo após cinco anos de seu lançamento, continuam figurando em playlists feitas atualmente, já que ainda soam atuais.
1) House of Balloons (2011)
Em 2011, The Weeknd lançou seu primeiro trabalho: uma mixtape onde resgatava a sonoridade R&B, cantava sobre noites depravadas e frenéticas e lamentava sobre si mesmo em cima de batidas hipnóticas com o uso de refrões sufocantes e memoráveis. Era House of Balloons, trabalho que foi colocado no top 10 de melhores do ano em diversas publicações especializadas em música.
Era difícil dizer se aquelas eram histórias reais ou contos inventados, já que ninguém tinha ideia de quem era o homem que cantava: a névoa de anonimato fazia com que pessoas se perguntassem se ele era uma banda, um artista solo ou um alterego.
Produzida por Don McKinney, que mais tarde viria a ser colaborador frequente de The Weeknd, a mixtape traz como single “Wicked Games”, que provavelmente é a letra que resume o House of Balloons ao falar sobre traição, sexo, drogas e a falta de auto confiança do eu lírico.
O mistério em torno da figura de The Weeknd, somado às letras e à produção cuidadosa tornou House of Balloons um clássico instantâneo com uma sonoridade que o próprio The Weeknd tentaria repetir mais vezes em sua obra, e é por isso que este trabalho ocupa o primeiro lugar nessa lista.
Olá, vim deixar a minha opinião, de um ouvinte assíduo do cantor, junto do meu amigo igualmente admirador do Abel.
Claramente não foi uma pessoa que tem o Abel como main artista que fez a crítica, logo deixou incríveis imprecisões a respeito dos álbuns e faixas do The weeknd.
O álbum Kiss land é um álbum difícil de gostar, pois as faixas são longas ,e podem soar repetitivas se vc não se dedicar a ouvir, porém, tem a melancolia do trilogy + a introdução de uma sonoridade pop, e esse álbum tem 4 músicas incríveis, Kiss land, wanderlust como já citado, adaptation e professional, e para muitos essas músicas levam a obra só the weeknd a outro patamar, logo chamar Kiss land de tedioso é uma ofensa .
My dear melancholy é incrível, falar que ele tá tentando resgatar a sonoridade de trilogy não é um erro, mas é impreciso, póis todos os álbuns dele tem várias faixas de mesma sonoridade. Esse EP é muito impactante, em trilogy, havia o início da carreira do Abel, mas ele não tinha as experiências que ele tinha em 2018, ou seja, trilogy se baseava em letras de realidades realmente não vividas pelo Abel, já em MdM as faixas são praticamente um desabafo real, e que dá pra perceber na voz dele, a sonoridade apesar de parecida, é diferente, mas como dito, é impreciso falar que é um resgate de trilogy
Vamos falar das mixtapes. Raramente você vê um fã ouvindo mixtape por mixtape, e preferível ouvir o álbum que junta todas, trilogy, logo, deveria ser utilizado o álbum como um todo para avaliar, e obviamente estaria em primeiro. Mas falando da classificação, echoes of silence tem a música “Next” que está no top de qualquer fã assíduo, alem de dirty Diana, que foi elogiada a performance do Abel por nada mais nada menos que Lady Gaga no auge até então de sua carreira, logo mais uma imprecisão falar que é só um “fechamento de álbum”.
Sobre Starboy, não é um álbum pop ruim, é um bom álbum pop, más pra quem realmente ouve muito o Abel, esse sem dúvidas é o álbum que menos ouvimos no geral, pois, apesar de músicas boas, floparam num nível muito grande como Starboy e I Fell It comming, sobrando apenas poucas musicas que dão pra ouvir, más todas estão abaixo das melhores de trilogy, MdM e kissland.
Aqui, as opiniões minhas e do meu amigo que me auxiliou divergem. Esse álbum Abel usou e abusou da sonoridade pop juntamente com ritmos que relembram os anos 80, aqui, pra mim ele iniciou o cavar da cova das músicas “quase niilistas” com muito pop envolvido, uma sonoridade alegre ou quase alegre, com apenas a música que nomeia o álbum, after hours, na sonoridade que eu curto. Não é errado colocar after hours nessa posição, más é claramente muito pior do que as citadas anteriormente.
A mixtape thursday, se for comparar com o primeiro álbum, não tem muita inovação realmente, porém, cai no erro da montagem da matéria, no qual deveria ter feito com o álbum trilogy completo, pois todas as mixtapes são igualmente boas.
Beaty behind the madness, aqui ele misturou tudo, mas nele prova que o Abel nunca abandonou a sonoridade niilista, apesar do álbum ser muito mais pop, falar que as letras estão menos profundas, é uma ofensa para angel e as you are.
Aqui concordamos e discordamos, a mixtape house of balloons é incrível, a primeira dele, e a música Wicked games é pra mim a minha favorita, mas dói muito vc colocar as outras atrás dela, porquê todas são realmente boas
Enfim, bom trabalho e ouça mais o Bebel!!!