O ano de 2012 já está em seus suspiros finais e, nada mais justo do que fazer uma review com aqueles que considero como os melhores lançamentos de 2012.
Estipula-se que o mercado fonográfico faturou, no ano de 2012, mais de 100 milhões de reais com a venda de álbuns nacionais e internacionais.
Muita coisa foi lançada nesse ano. Tivemos bandas novas, bandas antigas que chegaram ao ápice e aquelas que não passaram do fracasso.
Aqui vai uma lista dos 7 melhores álbuns lançados esse ano, na minha opinião.
7. Caetano Veloso – Abraçaço
Uma hora molenga e outra ágil, Abraçaço manifesta amores e ódios de Caetano Veloso. Abraçaço vem legitimar a revolucionária Bossa Nova e João Gilberto pela 49° vez. A gente tá careca de saber que Caetano é um baita músico e que seus discos sempre marcam gerações, por conta do grande sucesso. Isso faz de Abraçaço um dos melhores discos da carreira do músico. Destaque para “A Bossa Nova é Fod*“, que retrata todo o ato de “encher linguiça” que existe no gênero. Em simples palavras: Abraçaço é a melancolia do medalhão rebelde de Caetano Veloso.
6. Slash – Apocalyptic Love
Considerado – até agora – pela crítica musical como o álbum The Best Of de toda a carreira solo do guitarrista Slash, Apocalyptic Love chegou às prateleiras mundiais no dia 22 de maio, após longos meses de ansiedade por boa parte dos fãs. Apocalyptic Love é o segundo – e mais maduro – álbum de estúdio de Saul Hudson e conta com participação de Myles Kennedy, Brent Fitz e Todd Kerns, mostrando um lado mais “pauleira” do guitarrista. Com 15 canções, o disco tem uma grande mistura de influências: blues, punk e classic rock.
5. Fresno – Infinito
Infinito é totalmente diferente de tudo que a Fresno já fez. Há muito tempo que a banda não é mais aqueles pré-adolescentes inconsequentes. A banda amadureceu bastante de lá para cá. Acredito que a saída do Tavares contribuiu para que a banda crescesse. Alias, vejo ele como o “garotinho depressivo da família”. Infinito consegue colocar a banda no topo da lista do rock nacional, merecidamente. O álbum tem letras bem elaboradas, boa produção e sonorização, um marco na trajetória da banda até aqui.
4. Cachorro Grande – Baixo Augusta
Digamos que Baixo Augusta é aquele álbum que foi feito para agradar os velhos fãs do Cachorro Grande e não para conquistar novos horizontes ou novos admiradores. Os gaúchos/paulistas nunca fizeram um álbum soar tão coeso e western com traços setentistas. Após o lançamento deste álbum, arrisco dizer que Beto Bruno é, hoje, o melhor vocalista que temos no cenário do rock nacional. Destaque para “Não Entendo, Não Aguento” e “Só Você Que Não“, que nos fazem relembrar os anos dourados da banda.
3. Soundgarden – King Animal
Após 13 anos do último disco lançado, o Soundgarden se reúne e consegue trazer a tona a sua velha e boa sonoridade, que fizeram a banda chegar ao topo das listas de mais tocadas. Segundo o guitarrista Kin Thayl, as músicas do novo álbum mostram que, apesar do tempo parado, o Soundgarden ainda é o mesmo. “O álbum restabelece que nós ainda fazemos rock, que ainda somos pesados e que ainda somos um pouco estranhos”, disse.
2. Kiss – Monster
Um bom lançamento que, enfim, sacia a vontade dos fãs que esperavam por algo novo que valesse a pena ser ouvido. Um álbum sensacional, comprovando que o Kiss está muito bem servido com o Thayer e o Singer juntos e que Gene e Paul são gênios. Álbum de qualidade, assim como os dois últimos, que nos mostra que esta formação ainda tem gás para novos álbuns de qualidade, só é preciso esperar para ver.
1. Rush – Clockwork Angels
Nenhuma banda com mais de 20 anos de carreira teve a capacidade de lançar um álbum que soasse realmente novo e coerente do inicio ao fim. O Rush, com 40 anos de estrada, coloca na mesa tudo o que fez em sua carreira, desde o hard rock dos primórdios até o progressivo que os consagrou, fazendo tudo isso soar fresco e novo. Como já se tornou rotina em sua carreira, o Rush consegue se reinventar novamente, colocando-se mais uma vez a frente de seu tempo.